O cotidiano é o meu lugar. A partir dele penso a arte. O cotidiano, os gestos que se repetem todos os dias e a rotina me provocam e inspiram. Os trabalhos aqui apresentados recaem sobre esta temática. É nesse espaço da vida comum, das coisas comuns, que as metáforas cotidianas encontraram a fantasia das palavras de Ray Bradbury que, por sua vez, puderam ser associadas aos ritos alimentares na tradição judaica e me levaram a propor esta reflexão que está focada na relação entre a palavra e o alimento na arte contemporânea. Refletir sobre essa relação me fez ver a palavra escrita como uma espécie de ingrediente para pensar a arte contemporânea, valorizar a experiência e consequentemente fazer desse trabalho de pesquisa um livro de receitas muito particular.